A Fragata D.Fernando II e Glória é a quarta fragata de guerra mais antiga do mundo e o último navio de guerra totalmente à vela da Marinha Portuguesa.
Tendo sido construída em Damão, Índia Portuguesa, entre 1841 e 1843, sendo supervisionada pelo engenheiro de construção naval Gil José da Conceição.
O seu nome é uma homenagem ao casal real português, o rei-consorte D. Fernando II e a rainha D. Maria II, cujo nome de batismo era Maria da Glória.
Navegou durante 33 anos, percorrendo cerca de 100.000 milhas (ca. 160.934 km), o equivalente a quase cinco voltas do mundo.
Foi empregue no transporte de tropas, colonos e deportados para Angola, Índia e Moçambique, participou em operações de guerra naval no Ultramar Português e apoiou a expedição de Silva à ligação terrestre entre Benguela e a costa de Moçambique.
Em setembro de 1865, substituiu o navio Vasco da Gama pela Escola de Artilharia Naval, fazendo viagens de instrução até 1878. Nesse ano, fez a sua última missão no mar, realizando uma viagem de instrução de guardas-marinhas aos Açores.
Ainda assim, nessa mesma viagem, conseguiu salvar a tripulação da barca americana Laurence Boston que se tinha incendiado.
Em 1938, deixou de servir como Escola Prática de Artilharia Naval, sendo utilizada como porta-estandarte das Forças Navais no Tejo.
Em 1940, cessou a sua utilização pela Marinha Portuguesa, a fim de ser transformada na Obra Social da Fragata D. Fernando, uma instituição social que se destinava a albergar e dar instrução e formação de marinheiros a rapazes de famílias pobres.
Esteve estacionada no Arsenal do Alfeite entre 1963 e 1990. Porém, nesse último ano iniciou um processo de restauro que durou até 1998, por fim foi reaberta ao público em 2008.
Em conclusão, a Fragata D. Fernando II e Glória é um testemunho vivo da história naval portuguesa e da ligação secular entre Portugal e a Índia.
É um dos equipamentos culturais da Comissão Cultural da Marinha e está classificado como Unidade Auxiliar da Marinha (UAM 203).
Atualmente encontra-se aberta ao público para visitas no Largo Alfredo Dinis, em Almada.
A sua visita permite-lhe assim conhecer os vários espaços do navio, como o convés principal, a bateria, o tombadilho, o castelo de proa, o castelo de popa, as câmaras do comandante e dos oficiais, a enfermaria, a revista e a cozinha.
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